segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Veja os contatos dos especialistas do programa 'Cura pela terra'

Globo Repórter desta sexta (24) mostrou como plantas medicinais estão sendo usadas pela ciência e por comunidades para combater doenças.
Quer saber mais sobre plantas medicinais? Abaixo você pode conferir os contatos de especialistas e instituições que apareceram no Globo Repórter desta sexta-feira (24). Os endereços, sites e e-mails estão agrupados de acordo com os temas tratados no programa.

Erva-mate: redução de peso, colesterol e glicose
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Edson Luis da Silva – coordenador da pesquisa
edson@ccs.ufsc.br

Pau-brasil: propriedades anti-câncer
Fundação Nacional do Pau Brasil
funbrasil@yahoo.com.br

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Ivone Souza - farmacêutica
ias@ufpe.br

Tratamentos com plantas medicinais
Jaboatão dos Guararapes e Olinda (PE)
Centro Nordestino de Medicina Popular
Celerino Carriconde - coordenador
R.Cleto Campelo, 255 Bairro Novo – Olinda - PE
www.cnmp.org.br
cnmp@cnmp.org.br

Centro de Saúde Alternativo de Muribeca - CESAM
Conjunto Residencial de Muribeca, Rua 4, Quadra 1, 2000 – Muribeca – Jaboatão dos Guararapes - PE
cesamfitoterapia@hotmail.com

Fitoterápicos em posto de saúde
Campinas (SP)
Prefeitura de Campinas – Departamento de Saúde
saude.integrativa@campinas.sp.gov.br

Pesquisa sobre as plantas do Pantanal
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Domingos Tabajara de Oliveira Martins – coordenador da pesquisa
taba@terra.com.br

Milona, planta do semiárido para asma
Universidade Federal da Paraíba (UFP) - Centro de Ciências da Saúde
Margareth Diniz – diretora do Centro de Ciências da Saúde
margareth@ccs.ufpb.br

Unicamp – pesquisa em plantas medicinais
Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) – Unicamp
João Ernesto de Carvalho – coordenador da Farmacologia
cenpesq@cpqba.unicamp.br


chef especial
Globo Repórter
Edição do dia 24/02/2012

Erva-mate combate colesterol ruim, diabetes e até emagrece

O chá provocou uma queda média de 10% a 12% no colesterol ruim durante uma pesquisa realizada pela UFSC.
Kíria Meurer Rio de Janeiro / Florianópolis / Xaxim, SC
Uma erva, muitas receitas e diferentes sabores de norte a sul do país. No Sudeste, a preferência é pelo mate gelado. Esta região consome 60% do chá industrializado no Brasil. No Sul, a erva-mate tem o doce sabor da tradição. Lá, ela é apreciada com água quente, na cuia. Você até pode tomar sozinho, mas bom mesmo é entrar em uma roda de chimarrão.
O padre Domingos Nandi ensaia o preparo. “Não estava acostumado a tomar chimarrão porque não é da minha cultura, mas confesso que passei a gostar. Não é difícil. ‘O gosto deste amargo te faz bem, faz bem para o colesterol também’”, define.
Saúde comprovada em laboratório. Uma equipe da Universidade Federal de Santa Catarina estudou as propriedades e os efeitos da erva-mate durante três anos. Ao todo, 250 voluntários com problemas de colesterol e diabetes participaram da pesquisa.
A recomendação foi a mesma para todos: beber um litro de chá feito com mate tostado, por dia, divido em três xícaras dez minutos antes, durante ou depois das principais refeições.
“A erva-mate, junto com estes alimentos, vai inibir a absorção do colesterol. Ou seja, o organismo absorve menos gordura”, explica a pesquisadora Brunna Boaventura, da UFSC.
Os voluntários usaram saquinhos com duas colheres de sopa de erva tostada. Quando a chaleira começa a chiar é sinal de que a água está no ponto. Ela não pode ferver. Tem que ficar em torno de 90ºC.
A mistura deve descansar por alguns minutos. A bioquímica Cristiane Coelho fez tudo direitinho. “No começo, foi mais difícil que eu achei um pouco amargo, mas depois de um mês já estava bem adaptada. Já estava até gostando do chá”, diz.
Depois de 40 dias, Cristiane descobriu que teve um dos melhores resultados do estudo. O colesterol dela era considerado alto: passava de 190. Ao final da pesquisa, esse número baixou para 106.
“Foi uma queda bem grande do nível do colesterol, passou para uma taxa normal”, conta.
O chá provocou uma queda média de 10% a 12% no colesterol ruim. “Nós encontramos voluntários que responderam bem à erva-mate e que a redução chegou a 40%”, afirma o coordenador da pesquisa, Edson Luis da Silva.
Surpresa maior foi o efeito da erva em quem já tomava o remédio para o colesterol. “A erva-mate potencializa o efeito do remédio porque os dois têm efeitos diferentes. Enquanto o medicamento diminui a produção do colesterol pelo organismo, a erva-mate diminui a absorção do colesterol que está nos alimentos”, acrescenta Edson.
O colesterol de Domingos estacionou nas alturas. Vinte dias depois de começar a tomar a erva-mate, a taxa caiu de 268 para 198.
“Se fosse dobrada a medicação para o colesterol, esta diminuição ia ser de no máximo 7%. Enquanto com a erva-mate foi quatro vezes maior esta redução do colesterol ruim”, aponta Brunna.
“Esta potencialização do medicamento provocada pela erva-mate pode levar no futuro à redução da dose do remédio para colesterol. Porém deve-se salientar que isso deve ser feito sempre com acompanhamento médico”, ressalta Edson.
Os pesquisadores descobriram que a erva-mate tem um número de propriedades antioxidantes maior até que o chá verde.
“Alguns resultados foram inéditos, como este, em nível celular, fazendo com que as células produzam, por exemplo, suas próprias substâncias antioxidantes”, diz o pesquisador Marcos de Oliveira Machado, da UFSC.
Os antioxidantes combatem os radicais livres, que provocam o envelhecimento precoce. “É possível acreditar que, a longo prazo, ocorra uma redução das doenças crônico-degenerativas, principalmente o envelhecimento precoce, alguns tipos de cânceres e o próprio diabetes”, diz Edson.
Os voluntários com diabetes tomaram o chá-mate durante dois meses e tiveram uma queda média de 10% na produção da glicose.
“Reduz as complicações do diabetes, que seriam as doenças cardiovasculares, doenças renais, problemas na visão e problemas nos nervos”, afirma a pesquisadora Graziela Klein.
“A princípio, qualquer pessoa pode tomar a erva-mate. Porém, algumas que são mais sensíveis a ela podem apresentar alguns efeitos colaterais, como, por exemplo, dor de estômago, irritação na boca, insônia e até mesmo taquicardia”, alerta o professor Edson.
O mate é uma erva tipicamente brasileira. As maiores plantações estão no Sul do país. A produção chega a 200 mil toneladas por ano. As folhas verdinhas estão prontas para a colheita. É um processo delicado, feito de modo artesanal, galho a galho.
De qualquer forma, verde ou tostada, no chá gelado ou no chimarrão, a erva-mate mantém as propriedades que combatem o colesterol e o diabetes. Os pesquisadores só não sabem dizer qual o tamanho da redução, já que o estudo foi feito apenas com chá-mate quente tostado, consumido sempre junto com as principais refeições.
“A gente escolheu a tostada justamente porque ela tem uma maior aceitação pelo público”, explica a pesquisadora Brunna.
“A verde é bem mais amarguinha, e a tostada é mais fácil de tomar, mais docinha”, opina a bibliotecária Márcia Teixeira Pinto.
Doce foi a surpresa de Márcia quando subiu na balança dois meses depois de começar a tomar o chá. Ela conseguiu emagrecer quatro quilos só tomando o chá.
“As substâncias presentes na erva-mate podem acelerar o metabolismo do organismo, provocando inclusive uma maior queima de gordura e, em última instância, uma diminuição do peso corpóreo”, aponta Edson.
Este deve ser o futuro da erva-mate. Os pesquisadores estão testando cápsulas à base do extrato seco da erva. É uma forma de facilitar o consumo, já que nem todo mundo aprecia o gosto do chá.
“Daqui a um ou dois anos a erva-mate pode ser considerada um remédio ou um suplemento alimentar. A longo prazo, considerada um alimento funcional”, afirma a pesquisadora Aline Stefanuto.

Chef Especial
Globo Repórter
Edição do dia 24/02/2012

‘Farmácia’ em casa: aposentada colhe remédios na horta do quintal

Dona Aparecida Ferrari diz que usa todas as ervas que planta.
Isabela Assumpção Paulínia, SP
É dia de aula em um herbário da Unicamp, que fica em Paulínia, no interior de São Paulo. É o maior herbário do país. Tem 500 espécies de plantas medicinais. Uma referência para quem se dedica ao assunto.
Um grupo foi aprimorar um conhecimento que já traz de longe. “Eu curava a tosse e a gripe dos meus filhos. Nada de médico. Ensinei para meus filhos. Mas têm preguiça”, diz a aposentada Maria do Carmo Santos. É por isso que os velhos chás, como nós conhecemos, cada vez mais estão sendo estudados e transformados em medicamentos fitoterápicos. Em um centro de pesquisas da Unicamp, os especialistas vão mais longe ainda: buscam novas aplicações para plantas já conhecidas e investigam novas moléculas a partir das quais possam ser desenvolvidos novos remédios.
“O alecrim tem uso milenar para diversos problemas. Verificamos que realmente em modelos experimentais ele diminuiu bastante a incidência da úlcera, aumenta o conteúdo da glutationa, que é uma substância que age no estômago, protegendo o estômago contra agentes agressivos”, explica João Ernesto de Carvalho, coordenador da farmacologia CPQBA, da Unicamp.
“Nós verificamos que o extrato do guaco, o etanólico do guaco, diminui a secreção de ácido. E esse mecanismo é muito semelhante às drogas que hoje em dia se utiliza para tratamento de úlcera, de gastrite”, acrescenta João Ernesto.
Depois da aula, a aposentada Aparecida Ferrari convidou o Globo Repórter para conhecer a casa dela em Paulínia. Ela tem o privilégio de ter um quintal maravilhoso, onde ela reservou um canto que ela diz que é um cantinho. O local é uma verdadeira farmácia. Ela diz que usa todas as ervas que planta.
Cheia de energia, no auge dos seus 81 anos, dona Cida não nos deixa ir embora antes de mostrar uma das receitas preferidas dela: um suco de capim limão com hortelã.
“Essa aqui é erva cidreira. Muitos chamam de capim santo, outros chamam de capim limão”, explica dona Cida.
É simples. Dona Cida pica as ervas e bate no liquidificar com um pouco de água e gelo. Depois, coa e coloca em uma jarra.
Suco de hortelã e capim limão
Bebida saudável com ingredientes naturais.
ingredientes
• 200g de hortelã (equivale a cerca de um copo de requeijão)
• 200g de capim limão (também conhecido como capim cidreira ou capim santo)
• 1 litro de água
modo de preparo
Bater no liquidificador a hortelã com o capim limão e a água. Pode-se acrescentar um pouco de gelo. Coar e servir puro ou adoçado.

Chef Especial
Globo Repórter
Edição do dia 24/02/2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Batata Yacon

Batata Yacón - Um presente para os diabéticos
Olá!!! Bom dia a todos!

Hoje vou falar sobre a Batata Yacón, um ótimo alimento para os diabéticos, meninas com SOP (sindrome dos ovários policísticos), e para aqueles com hipoglicemia reativa. Leia aqui uma matéria sobre alimentação para diabéticos.

A Yacón parace uma batata, tem textura de batata, mas tem gosto de pêra! Vc precisa experimentar essa delícia.

A matéria foi publicada na Revista Pense Leve de dezembro e também dei a minha contribuição sobre o assunto.

O principal nutriente encontrado na batata yacon é o frutooligossacarídeo, que é um tipo de carboidrato, que funciona como um prebiótico intestinal. O mineral mais abundante é o potássio, e em menores quantidades são encontrados cálcio, fósforo, magnésio, sódio, ferro, zinco, manganês e cobre. E por último, não existe grande quantidade de lipídios.

O número de estudos ainda é pequeno, mas o que já ficou comprovado é que esse tubérculo é rico em um tipo de carboidrato que não é facilmente digerível pelo intestino humano. Essa qualidade faz com que o intestino funcione melhor, prevenindo várias doenças intestinais e faz com que haja menor absorção de carboidratos/glicose pelo organismo, não permitindo a elevação da glicemia sanguínea, ajudando no tratamento e na prevenção de diabetes.

Boa para o intestino
A yacón apresenta fibras alimentares solúveis e prebióticos, pois é um alimento de baixa digestibilidade e assim sendo estimula o crescimento e atividade das bactérias intestinais. Suas propriedades benéficas são a diminuição da síntese de carcinógenos, diminuição do risco de câncer de cólon e de infecções bacterianas, além de prevenir e tratar diarréias, já que os produtos da fermentação agem suprimindo a atividade de outras bactérias, como Escherichia coli, Streptococcus fecalis e Proteus, além de atuar também no aumento do bolo fecal no intestino delgado e com a diminuição do pH local, pode favorecer o aumento da absorção de minerais, prevenindo osteoporose, inchaço, câimbras e por fim, prevenindo a hipertensão arterial.

Diferenças
A batata yacón é menos calórica que a batata inglesa, pois é composta por inulina ao invés de amido, e apresenta valor calórico reduzido comparada ao amido. A yacón apresenta baixas quantidades de proteínas, e lipídeos, e o potássio é o mineral mais abundante como na batata inglesa. A yacón melhora a absorção de outros minerais no intestino, por ter baixa digestibilidade e fermentar mais.

Específica para DiabéticosEstudos têm demonstrado que após o consumo dessa batata há uma diminuição nos níveis de açúcar do sangue. Isso acontece porque diferente da maioria dos tubérculos, a yacón é composta principalmente por inulina ao invés do amido, e este carboidrato realmente diminui os níveis de glicemia e de insulina no sangue. As folhas da batata também têm efeito hipoglicemiante, por ser rica em fibras.


Emagrecimento
Por apresentar esse tipo de carboidrato de baixa digestibilidade, essa batata acaba sendo um alimento menos calórico, e assim sendo, contribui para a manutenção ou perda de peso dentro de uma dieta equilibrada. E suas fibras também ajudam na sensação de saciedade.

Como consumir
A melhor forma de consumo é crua.
Dica: como a batata yacon se parece muito com uma pêra, sempre recomendo usar 1 fatia de yacon batida com um copo de suco qualquer. Isso faz com que o suco tenha uma carga glicêmica menor, liberando menos quantidade de insulina, ajundando no emagrecimento e na prevenção de diabetes.

Vá já para a feira que vc encontra esse maravilha!!!
beijo grande

Diabetes

Diabetes - como tratar e viver bem
Antes de irmos para o post dessa semana, leia sobre o mal dos produtos industralizados no blog parceiro da Lotfty Style. É um texto que escrevi para as meninas que gostam de moda e que gostam de cuidar do corpicho! Ficou bem legal e lá falo sobre os produtos industrializados.

Mas post dessa semana é pra você que tem diabetes e não sabe mais o que fazer para controlá-la. Se você come errado, então é fácil saber porque está difícil manter a glicemia na normalidade. mas se você é diabético, e come tudo direitinho e mesmo assim não consegue abaixar mais a taxa de açúcar no sangue, essa matéria é para você!

O diabetes é uma doença crônica que vem aumentando muito nos últimos anos. Muitas vezes é uma doença silenciosa que chega aos poucos e muita gente não percebe. E podemos citar não só o diabetes, mas a resistência a insulina, que está mais comum do que o diabetes. A resistência a insulina é como se fosse o princípio e vários sintomas são associados, como irritabilidade excessiva, fome exagerada, má circulação, síndrome dos ovários policísticos (SOP), sono interrompido e hipoglicemia reativa. A alimentação correta vai atenuar enormemente esses sintomas, melhorando a qualidade de vida do paciente. Além disso, vai evitar os sintomas mais graves da diabetes, como cegueira e falta de cicatrização.

Não podemos afirmar que existe uma dieta ideal. Cada paciente é um caso e cada caso precisa ser olhado e cuidado em outros aspectos também. Podemos orientar a população de uma forma geral, mas o ideal é consultar um profissional especialista em nutrição para adequar a dieta conforme so hábitos e preferências do paciente. Existe a dieta com restrição de açúcares e uso de carboidratos complexos rico em fibras, a dieta com uso de alimentos funcionais e a dieta de contagem de carboidrato. Precisamos conhecer bem o paciente para indicar qual a melhor dieta, ou até mesmo, mesclar as três. O total de porções diárias de alimentos variará de acordo com o valor calórico total (VCT) da dieta prescrita e, portanto, com o índice de massa corporal (IMC – relação entre peso e altura), a idade e o nível de atividade física do indivíduo.

As recomendações de alimentação são as mesmas para adultos e crianças, quais as diferenças?

Sim. A única diferença é a quantidade e o tipo de alimento consumido, que varia muito entre um adulto e uma criança.

Além da alimentação que outros quesitos devem ser levados em consideração para que uma pessoa com diabetes tenha melhores resultados no tratamento?


A prática de exercício físico é essencial para o tratamento, pois a glicose pós exercício melhora muito. Importante ressaltar, que a prática de exercícios físicos não são somente exercícios aeróbicos, como caminhada ou corrida ou natação, como muitos pensam. Quando falamos de exercício, falamos também de exercício de resistência, como a musculação, pilates ou yoga, pois o músculo trabalhado em atividade continua trabalhando durante 48horas. Assim a melhora da glicose é mais efetiva.

A má alimentação pode ser um fator desencadeante da doença?

Sim. Estudos mostram que o consumo alimentar da população brasileira, caracterizado por baixa freqüência de alimentos ricos em fibras e aumento da proporção de gorduras saturadas e açúcares na dieta, associado a um estilo de vida sedentário compõem um dos principais fatores etiológicos do Diabetes tipo 2. Trabalhos científicos têm demonstrado que uma dieta com alto teor de gordura e baixo teor de fibras aumenta o risco de desenvolvimento da intolerância à glicose e do Diabetes tipo 2.

Como privar as crianças dos alimentos da moda?

O tratamento com crianças depende muito mais da família do que da própria criança. A criança precisa estar em um ambiente de ajuda e cooperação, para que ela consiga fazer a dieta. É necessário ela entender a doença e saber os riscos e prejuízos de uma má alimentação. O mesmo acontece com a família que tem uma criança diabética em casa. Todos precisam se envolver, para que a criança não fique tão exposta a alimentos que vão prejudicá-la. Na escola, é necessário educação nutricional, pois um vai ajudar o outro. Em casos que a criança não consegue dizer “não” aos alimentos da moda, o melhor a fazer, é ensinar essa criança a dieta de contagem de carboidratos.

Quais os alimentos que devem ser evitados?

• Açúcares, como açúcar refinado, açúcar mascavo, açúcar demerara, açúcar cristal, mel, melado, xarope de agave e frutose;

• Farinha de trigo branca ou farinha especial enriquecida com ferro e ácido fólico;

• Alimentos industrializados, como gelatina, suco de caixinha, temperos prontos;

• Gorduras saturadas, como gordura de carne, porco e pele de frango, embutidos, laticínios integrais, frituras, gordura de coco, molhos, cremes e doces ricos em gordura e alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo ou gordura;

• Excessos protéicos;

• Bebidas alcoólicas.

Quais os alimentos que fazem bem para quem tem diabetes?

• Alimentos ricos em fibras, como farinha de maracujá, farinha de banana verde, farinha de linhaça, farinha de feijão branco em todas as refeições e não 1 vez ao dia, como é feito pela maioria;

• Alimentos integrais, como arroz integral, pão 100% integral (não pode conter “farinha especial” no rótulo), farelo de aveia.

• Proteínas magras como peixes, peito de frango, clara de ovo;

• Alimentos ricos em omega 3, como a sardinha e a linhaça;

• Alimentos ricos em antioxidantes, como suco de uva integral sem açúcar;

• Alimentos ricos em vitaminas e minerais que façam a insulina trabalhar melhor, como a quinua, amaranto, laranja, acerola, cebola, alho, etc

• Alimentos ricos em proteínas magras e gorduras do bem, como as oleaginosas (castanhas, amêndoas, avelãs, nozes)

Existe interação medicamentosa entre algum alimentos/bebida com os medicamentos do diabetes?


Geralmente deve-se tomar cuidado com bebidas alcoolicas e proteínas muito pesadas, como carne vermelha, leite e derivados.

A Anvisa publicou uma RDC que restringe a publicidade de alimentos gordurosos. Você acha que isso ajuda?

A mídia tem muita influência sobre a alimentação em geral da população. Então, todo projeto que visa educação nutricional é bem vindo, ainda que não solucione o problema.

No Brasil, país de grandes desigualdades sociais, você acredita que é possível para um paciente com diabetes ter disciplina com a alimentação? E no que diz respeito ao custo financeiro?

É praticamente impossível ser bem sucedido na dieta quando não se tem recursos financeiros. Os alimentos pobres em vitaminas e minerais e ricos em conservantes e produtos químicos são extremamente baratos e os alimentos saudáveis, por assim dizer, são extremamente caros. A política pública na área de alimentação e saúde, deve rever seus conceitos para que a população tenha acesso a esses tipos de alimento.

Orientações gerais para diabetes:


• Para o controle glicêmico é fundamental respeitar a quantidade, o tipo de alimento e os horários das refeições;

• Atingir o perfil lipídico desejado. Geralmente, o planejamento alimentar inclui baixa quantidade de gordura, especialmente das saturadas, mais carboidratos complexos e fibras, visando atingir ou manter níveis lipídicos apropriados;

• Manter o peso corporal adequado: em caso de obesidade a redução do peso pode produzir melhora significativa na glicemia;

• Prevenir, retardar ou tratar as complicações da doença: o planejamento alimentar pode evitar hipo e hiperglicemias e outras complicações da diabetes;

• Contribuir para melhora da saúde e bem estar, através do uso de alimentosn funcionais;

• Praticar 30 minutos de exercícios físicos todos os dias.


Leu tudo?? Agora tem que praticar!
beijo grande!
Postado por Dra Fernanda Granja - Nutricionista Funcional às 12:01
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